23 de março de 2013

Catracas do metrô, catracas da vida...


O ponto de encontro mais famoso de São Paulo: Catraca do metrô. Cheguei 10 minutos atrasada, eu acho. Eu e mais uma amiga marcamos de nos encontrar lá 19:30. Ela disse que se atrasaria. Observando então idas e vindas de tantas pessoas... Estranhas, feias, bonitas, bem arrumadas, desajeitadas, esquisitas, correndo feito loucas, lindas crianças, sacolas de compras, pessoas que seguravam aquelas caixinhas do Mc Lanche Feliz, mochilas velhas, fones de ouvidos... Mas entre tantas coisas, os casais ganharam destaque.
Era incrível como se encaixavam. Estilos parecidos. Meninas baixinhas e caras altos. Vestidos de preto com coturno e meia até o joelho. Com skate na mão e mochila nas costas. De dreadlocks e pulseirinhas de hippie. 
E ah... Aquele amor louco, que agarrava e não deixava a amada passar do outro lado da catraca. Que abraçava e beijava por tantos minutos que pareciam anos. Que quando davam as costas, o olho brilhava.
Despedida. A hora de dizer: Tchau, até amanhã. De dar um abraço, andar dois passos, e voltar para os braços do amado. 
Percebi que era um fogo de amor exagerado. Abraços tão demorados. Uma paixão inquieta. Um impulso que depois teria um arrependimento, na certa.
Sei que um coração é pequeno demais pra guardar embalos de amor que vem e que vai. E que a mente tem muitas coisas para serem pensadas e analisadas do que enchê-las com devaneios do amado. 
Sei que é preciso saber esperar. Que o domínio próprio é um fruto do Espírito que está dentro de nós, basta ser praticado. Que o coração com Deus precisa estar guardado, para o momento certo e o dia esperado,  de mãos dadas andar você e seu amado, e em todas as catracas da vida, passar sem ressentimentos nem feridas. Por isso menina, não tenha pressa. Deus é perfeito. E trabalha vagarosamente.
Guardar os olhos, guardar a mente, guardar o coração é uma missão, que só guerreira vence.

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