Ela vinha só aos finais de semana. Não entendia como em tão pouco tempo conseguia nos fazer rir e nos divertir. Quando ia embora deixava dentro de nós uma falta tão grande que até parecia que ninguém ia substituir. Combinávamos qual seria o próximo final de semana que ela viria, contava os dias para sexta-feira chegar logo.
19:30. SMS. Ela veio. E pediu para buscá-la na catraca do metrô São Joaquim. Fui correndo. Dei um abraço e um beijo. Dividi as sacolas, que quase sempre trazia algum mimo para mim.
Dedicada e esforçada. Acordava cedo e ia pra aula. Enquanto eu babava no travesseiro naquele sábado de manhã. Café preto e pão fresco, e no papel um recado: Me encontre no Brás 12:00.
Passeávamos juntas. E em pouco tempo conheci São Paulo. Alguns de seus bairros e ruas foram marcados com esses rolês.
Receber suas visitas aos finais de semana, me ajudou a crescer e a ficar mais a pampa.
Um filho, uma tia e uma sobrinha. Três histórias que um dia se encontraria.
Se cada um é agente transformador da história, eu te digo tia, que por Deus você escolhida, para fazer dos nossos finais de semana, mais alegres nessa cidade cinza.
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